Igreja da Sagrada Família em Barcelona
A construção da Sagrada Família começou 125 anos atrás. É uma das mais famosas obra-primas inacabadas do mundo, e os críticos dizem que a versão final do edifício de Gaudi vai parecer muito pouco com o projeto original. Gaudí se recusou de desenhar todo o projeto durante a construção e preferiu fazer alterações com a obra em andamento. Os desenhos originais, durante a Guerra Civil espanhola, foram muito estragados pelos anarquistas. Gaudí passou 40 anos supervisionando o trabalho no edifício, e quando morreu, em 1926, a igreja estava longe de terminar. Jordi Bonet, ajudado por um escultor e uma equipe de 40 empregados, passou a realizar o trabalho de terminar o edifício após a morte de Gaudí.
foto Getty Images
foto de Murdo Macleod
foto de Toni Albir/EPA
Josep Maria Subirachs trabalhou na fachada oeste da igreja, a qual exibe a paixão de Cristo.
foto de Tibor Bognar/Corbis
foto Disc/Getty Images
foto de Barry J. Holmes/Rex Features
foto de Santiago Lyon/AP
O projeto tem espirais, como essa escada da torre do sino.
foto de Kevin Foy/Rex Features
Foto de Grant Faint/Getty Images
Em 2005, a Sagrada Família foi ultrapassada no horizonte de Barcelona pela Torre Agbar, projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel.
foto de Cesar Rangel/AFP
When You Believe- Whitney Houston, Mariah Carey
sexta-feira, 18 de março de 2011
Vincent Callebaut a le pouce vert à Hong-Kong
Rendre ses parfums au « Port aux parfums », tel était l’objectif de l’architecte visionnaire belge Vincent Callebaut en imaginant son projet intitulé « Jungle urbaine ». Né dans le cadre d’un concours de la ville de Hong-Kong afin de promouvoir l’image de la baie et lui offrir un environnement de qualité durable, ce projet visa à lutter contre la pollution. Il offre également des services permettant d’améliorer la qualité de vie des citoyens hongkongais comme des opéras subaquatiques, des promenades piétonnes, des pistes cyclables et des musées océanographiques.
Epoustouflant.
Fazer perfumes no "Porto de perfume", como era o objetivo do visionário arquitecto belga Vincent Callebaut, imaginando seu projecto intitulado "Urban Jungle". Nascido no âmbito da assistência a partir da cidade de Hong Kong para promover a imagem da baía e oferece um ambiente de qualidade durável, este projecto foi a luta contra a poluição. Ele também oferece serviços para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos de Hong Kong como operações submarinas, passeios pedestres, ciclovias e oceano museus.
Tirar o fôlego.
Rendre ses parfums au « Port aux parfums », tel était l’objectif de l’architecte visionnaire belge Vincent Callebaut en imaginant son projet intitulé « Jungle urbaine ». Né dans le cadre d’un concours de la ville de Hong-Kong afin de promouvoir l’image de la baie et lui offrir un environnement de qualité durable, ce projet visa à lutter contre la pollution. Il offre également des services permettant d’améliorer la qualité de vie des citoyens hongkongais comme des opéras subaquatiques, des promenades piétonnes, des pistes cyclables et des musées océanographiques.
Epoustouflant.
Fazer perfumes no "Porto de perfume", como era o objetivo do visionário arquitecto belga Vincent Callebaut, imaginando seu projecto intitulado "Urban Jungle". Nascido no âmbito da assistência a partir da cidade de Hong Kong para promover a imagem da baía e oferece um ambiente de qualidade durável, este projecto foi a luta contra a poluição. Ele também oferece serviços para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos de Hong Kong como operações submarinas, passeios pedestres, ciclovias e oceano museus.
Tirar o fôlego.
Cidades flutuantes para o ano 2100
Futuro
Cidades flutuantes para o ano 2100- "Será que estarei cá, para ver isto?"
A pensar nos milhares de refugiados que resultarão da inundação das cidades costeiras pela eventual subida do nível do mar no final do século, o arquitecto Vincent Callebaut idealizou um novo conceito de unidade urbana.
As alterações climatéricas e a previsão de subida das águas do mar irão produzir milhares de refugiados que necessitam de ser realojados. A partir desta previsão, o arquitecto Vincent Callebaut imaginou para 2100 uma unidade urbana pronta a receber 50 000 pessoas.
Intitulada Lilypad, a cidade será flutuante, funcionará nos oceanos e poderá ser multiplicada as vezes necessárias, uma vez que é auto-suficiente. Se as previsões da ONU se confirmarem, em 2100 o número de refugiados das zonas costeiras inundadas com a subi-da do mar em cerca de um metro poderá chegar aos 250 milhões, pelo que os oceanos poderão ser povoados de cidades flutuantes.
Do ponto de vista da forma, o conceito que suporta Lilypad baseia-se na Victoria régia, um nenúfar gigante que pode ser encontrado na Amazónia e é feito de uma fibra natural extremamente elástica e plástica, que assim permite que flutue na água.
Com o "objectivo de criar um sistema harmonioso baseada na dupla ser humano/natureza, bem como explorar novos modos de habitar no mar recorrendo a espaços colectivos fluidos e de pro- ximidade, potenciando a inclu-são social e o encontro de todos os cidadãos, nativos da nova cidade ou estrangeiros, novos ou velhos…", o arquitecto belga ampliou a forma desta espécie natural 250 vezes para criar um sistema urbano.
De facto, a cidade pode ser posicionada em qualquer massa de água do globo e terá conceitos terrestres e aquáticos. Por um lado, será centrada num lago, a partir do qual se organizam três grandes áreas, que correspondem às funções de trabalho, lazer e serviços. Cada uma destas zonas será dotada de uma marina e uma montanha, esta última uma clara alusão ao imaginário da paisagem terrestre.
Uma rede orgânica de infra-estruturas e vias une as montanhas e dará acesso a habitações e jardins suspensos, também eles organizados de uma forma ondulante e sinuosa. Os materiais de construção idealizados pelo arquitecto são as fibras de poliéster, cobertas por camadas de dióxido de titânio.
Quanto à produção e consumo de energia, Lilypad será auto-suficiente e não emitirá gases poluentes: assim o lago central terá água doce recolhida das chuvas, e ser-virá de reservatório natural para a água potável. As fontes de energia ali utilizadas serão todas renováveis, como solar térmica e fotovoltaica, energia das marés, eólica, com fitopurificação da água para consumo dos seus habitantes e reciclagem dos resíduos por eles produzidos.
Para o seu autor, Lilypad é uma "antecipação particular da literatura de Júlio Verne, mas também uma alternativa possível de uma ecopolis multicultural, cujo metabolismo estará em perfeita simbiose com os ciclos da natureza", explica.
Temos entretanto de esperar 90 anos para a aferição desta ideia simultaneamente utópica e esperançosa.
Para já, existem todos os anos mais de 210 milhões de desalojados no mundo vítimas do clima, a aguardar respostas urgentes.
Cidades flutuantes para o ano 2100- "Será que estarei cá, para ver isto?"
A pensar nos milhares de refugiados que resultarão da inundação das cidades costeiras pela eventual subida do nível do mar no final do século, o arquitecto Vincent Callebaut idealizou um novo conceito de unidade urbana.
As alterações climatéricas e a previsão de subida das águas do mar irão produzir milhares de refugiados que necessitam de ser realojados. A partir desta previsão, o arquitecto Vincent Callebaut imaginou para 2100 uma unidade urbana pronta a receber 50 000 pessoas.
Intitulada Lilypad, a cidade será flutuante, funcionará nos oceanos e poderá ser multiplicada as vezes necessárias, uma vez que é auto-suficiente. Se as previsões da ONU se confirmarem, em 2100 o número de refugiados das zonas costeiras inundadas com a subi-da do mar em cerca de um metro poderá chegar aos 250 milhões, pelo que os oceanos poderão ser povoados de cidades flutuantes.
Do ponto de vista da forma, o conceito que suporta Lilypad baseia-se na Victoria régia, um nenúfar gigante que pode ser encontrado na Amazónia e é feito de uma fibra natural extremamente elástica e plástica, que assim permite que flutue na água.
Com o "objectivo de criar um sistema harmonioso baseada na dupla ser humano/natureza, bem como explorar novos modos de habitar no mar recorrendo a espaços colectivos fluidos e de pro- ximidade, potenciando a inclu-são social e o encontro de todos os cidadãos, nativos da nova cidade ou estrangeiros, novos ou velhos…", o arquitecto belga ampliou a forma desta espécie natural 250 vezes para criar um sistema urbano.
De facto, a cidade pode ser posicionada em qualquer massa de água do globo e terá conceitos terrestres e aquáticos. Por um lado, será centrada num lago, a partir do qual se organizam três grandes áreas, que correspondem às funções de trabalho, lazer e serviços. Cada uma destas zonas será dotada de uma marina e uma montanha, esta última uma clara alusão ao imaginário da paisagem terrestre.
Uma rede orgânica de infra-estruturas e vias une as montanhas e dará acesso a habitações e jardins suspensos, também eles organizados de uma forma ondulante e sinuosa. Os materiais de construção idealizados pelo arquitecto são as fibras de poliéster, cobertas por camadas de dióxido de titânio.
Quanto à produção e consumo de energia, Lilypad será auto-suficiente e não emitirá gases poluentes: assim o lago central terá água doce recolhida das chuvas, e ser-virá de reservatório natural para a água potável. As fontes de energia ali utilizadas serão todas renováveis, como solar térmica e fotovoltaica, energia das marés, eólica, com fitopurificação da água para consumo dos seus habitantes e reciclagem dos resíduos por eles produzidos.
Para o seu autor, Lilypad é uma "antecipação particular da literatura de Júlio Verne, mas também uma alternativa possível de uma ecopolis multicultural, cujo metabolismo estará em perfeita simbiose com os ciclos da natureza", explica.
Temos entretanto de esperar 90 anos para a aferição desta ideia simultaneamente utópica e esperançosa.
Para já, existem todos os anos mais de 210 milhões de desalojados no mundo vítimas do clima, a aguardar respostas urgentes.
SEUL RECEBE A PONTE DO FUTURO
Não deixa de ser uma ponte, mas o seu design impede-a de ser apenas mais uma estrutura de passagem no centro de Seul. A questão ambiental não foi ignorada, mas anda de mão dada com a cultura, o lazer e as novas tecnologias. Bem-vindos ao futuro, onde, no que toca à sua função, nenhum espaço é unidimensional.
Tal como Londres ou Paris, a capital da Coreia do Sul é atravessada por um rio. Perto de 30 pontes ligam já as duas margens do Han, mas a Paik Nam June Media Bridge promete ser mais do que uma simples estrutura de passagem; tornar-se-á, antes, num novo ponto central da cidade. Esta é a ambiciosa meta traçada pelo gabinete de arquitectura Planning Korea, que apresenta um projecto futurista e, como tal, concebido para ser amigo do ambiente.
A totalidade da extensão da ponte, correspondente a 1,08 quilómetros, será coberta com painéis solares, de forma a que a própria infraestrutura gere a energia necessária aos diversos espaços de lazer que foram projectados no seu interior. Aí inclui-se um museu, uma biblioteca pública direccionada para os transeuntes mais jovens e um centro comercial (quando dissemos que esta era a ponte do futuro, não estávamos a exagerar).
E para ninguém ficar de fora, a ponte terá faixas de rodagem para automóveis e bicicletas, bem como um percurso para peões. Qualquer que seja o modo de transporte, a paisagem não pode deixar de ser apreciada, já que, além do rio e de todo o cenário urbano envolvente, será instalada na ponte uma série de jardins cujo crescimento é garantido pelos recursos locais - água do rio e das chuvas, ventilação e luz natural.
As funcionalidades da Paik Nam June Media Bridge não ficam, contudo, por aqui: desenhada a pensar no tráfego do rio Han, a ponte dispõe de um cais preparado para acolher iates, cruzeiros e também os chamados táxis aquáticos.
Um pormenor ainda não revelado: o nome da ponte é, na verdade, uma homenagem ao artista Nam June Paik (1932-2006), considerado o "pai" da videoarte. São célebres as diversas esculturas que concebeu a partir de televisões - o mais emblemático exemplo é a peça "Pre-Bell-Man", instalada em frente ao Museum für Kommunikation, em Frankfurt, na Alemanha - e as performances multidisciplinares que combinavam música, encenação e, claro, vídeo. Desta forma, os arquitectos da Planning Korea promovem a cobertura da ponte como uma autêntica "tela" onde artistas de todo o mundo podem projectar os seus trabalhos media.
Vídeo com o making-of da maqueta da ponte e comentários do director criativo:
Paik Nam June Media Bridge Making Film from PLANNING KOREA on Vimeo.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/11/a_ponte_do_futuro.html#ixzz1GwGSh1me
Nem tudo que Flutua é um Ark-Hotel
Nem tudo o que flutua é um hotel. Pois bem: neste caso, é. Não um barco de cruzeiro, não um iate de um qualquer milionário. Aqui agarramos o touro pelos cornos e passamos a habitar a superfície das águas invasoras. O Ark Hotel transforma a arca da salvação das espécies num elegante bio-hotel, onde até Noé é um passageiro VIP.
Não vale a pena dizer «Não posso crer!» que o nível do mar está a subir. Se o nível do mar está a subir, logo menos espaço terrestre nos sobra – aos incautos humanos e às cândidas outras criaturas. Ora, numa espreitadela futurista saltamos sobre o invasor e passamos a habitá-lo. Fiquem a conhecer por dentro e por fora le nouvel Ark Hotel.
A arquitectura deparou-se com um periclitante novo paradigma. O mundo hoje não suporta mais repentinas ventanias e está cada vez mais semelhante a um castelo de cartas. Os tempos idos comprovam ciclos naturais marcados por apoteóticas catástrofes e, alegam uns e comprovam as estatísticas da frequência de calamidades, um novo ciclo está iminente.
Concordemos que de tempos a tempos todo o ser inteligente se livra das impurezas e que o dilúvio bíblico não é o único relato de um duche planetário. Hoje em dia, o ser humano detém a tecnologia suficiente para, pelo menos, adiar este exorcismo. Podemos parar de fazer comichão e sermos nós próprios a purificar, a enxugar, o planeta. Está na altura de reunir esforços para um futuro mais estável. Ou não. E é da fria Rússia que chega o protótipo flutuante – o Sputnik dos hotéis.
A Rússia nunca desejou manter uma paz fingida e já ninguém tem paciência para birras bélicas. É precisamente desta neve que chega o calor do futuro, da preservação da espécie humana – sem fronteiras, sem selecção, sem geopolitik. É um projecto aberto ao mundo, open source, onde cabemos todos, sem a artificialidade selectiva de um perecido Noé, ou pseudo-conspirações hollywoodescas 21/12/2012. É hoje, na Rússia, que nasce o Ark Hotel.
Imerso nesta tomada de consciência, o escritório de arquitectura Remistudio desenvolveu, dentro no âmbito do programa Architecture for Disaster Relief, o conceito de um hotel flutuante, com uma bela e extravagante estrutura em forma de arco e uma parte inferior semelhante ao casco de um navio, aguentando marés fortes e desastres “naturais” (vamos jogar ao jogo vamos-enumerar-recordações-de-catástrofe-naturais a ver se isto faz sentido).
A arquitectura deste hotel permite a sua construção na água ou em terra firme. Quando em terra firme, o Ark Hotel pode ser utilizado em zonas de grande incidência de terramotos, porque o seu esqueleto de cabos de aço e arcos de madeira comprimidos permite que a energia do terramoto seja distribuída por todo o corpo do edifício. O Ark Hotel ergue-se a cerca de 30 metros de altura.
Uma eco-construção de tal estatura foi pensada como um conjunto de etapas sequenciais. Uma unidade de transformação de energia térmica em energia eléctrica é o suporte central energético de onde toda a disposição recebe a energia necessária. Segue-se a montagem da coluna vertebral, feita de arcos de madeira e cabos de aço comprimido, e de seguida a cobertura, transparente como convém à maximização da penetração da luz natural - 3200 metros quadrados de área cobertos por uma película mais leve que o vidro, o etileno tetrafluoretileno. O Ark Hotel é uma bonita estrutura, em forma de concha.
O edifício é retro-alimentado com um sistema de reutilização de água da chuva e placas fotovoltaicas instaladas na cobertura. É claro, isto é um hotel – tem quartos, distribuídos em quatro andares. Quando se acorda de manhã e se sai de sonhos levemente ondulantes para o pequeno-almoço atravessa-se o jardim interno – uma biosfera tipo estufa –, povoado por uma flora luxuriante e animais, toda esta natura escolhida de acordo com as diversas características de compatibilidade, reprodutibilidade, fornecimento de fontes de alimentação, eficiência de produção de oxigénio, etc.. Os pássaros voam livremente dentro deste hotel e as tulipas não morrem lentamente em jarras de cristal.
Esta estrutura futurista destaca-se pela autonomia, ou, como diz Alexander Remizov, do Remistudio, ao Daily Mail, pelo “sistema de suporte de vida independente”, garantindo aos seus “hóspedes” sobreviver (viver) a bordo durante meses seguidos. Talvez tempo suficiente para os presentes tempos.
De preferência, que não tenhamos a necessidade de colocar o pé nesta apetecível e pacífica arca, mas, de qualquer forma, é bom saber que temos um poiso na praticamente inevitável curva exponencial de suicídio colectivo. A tomada de consciência ou foi ontem, ou não foi. E não nos enganemos mais. Não é catastrofismo, é o tapete encardido que estendemos para nós próprios. Cada um de nós, mea culpa.
Por fim – enquanto nada de definitivo resulta das nossas acções para pacificar a relação com o único habitat que temos, há que encontrar soluções urgentes e simbióticas. Esta mini-utopia é uma manifestação de que é possível coexistirem humanos e restante natureza no mesmo planeta. O exemplo é excelente – eco-friendly é possível. Felizmente, temos “hotéis-arca”: um sítio agradável para passar as mais longas férias da história da humanidade.
Todos a bordo!
Mais trabalhos no site do gabinete Remistudio, criador do projecto.
Nota: não confundir este projecto com um outro Ark Hotel, edifício anti-sísmico construído em Changsa, China
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2011/03/nem_tudo_o_que_flutua_e_um_ark_hotel.html#ixzz1Gw7uyPM1
Não vale a pena dizer «Não posso crer!» que o nível do mar está a subir. Se o nível do mar está a subir, logo menos espaço terrestre nos sobra – aos incautos humanos e às cândidas outras criaturas. Ora, numa espreitadela futurista saltamos sobre o invasor e passamos a habitá-lo. Fiquem a conhecer por dentro e por fora le nouvel Ark Hotel.
A arquitectura deparou-se com um periclitante novo paradigma. O mundo hoje não suporta mais repentinas ventanias e está cada vez mais semelhante a um castelo de cartas. Os tempos idos comprovam ciclos naturais marcados por apoteóticas catástrofes e, alegam uns e comprovam as estatísticas da frequência de calamidades, um novo ciclo está iminente.
Concordemos que de tempos a tempos todo o ser inteligente se livra das impurezas e que o dilúvio bíblico não é o único relato de um duche planetário. Hoje em dia, o ser humano detém a tecnologia suficiente para, pelo menos, adiar este exorcismo. Podemos parar de fazer comichão e sermos nós próprios a purificar, a enxugar, o planeta. Está na altura de reunir esforços para um futuro mais estável. Ou não. E é da fria Rússia que chega o protótipo flutuante – o Sputnik dos hotéis.
A Rússia nunca desejou manter uma paz fingida e já ninguém tem paciência para birras bélicas. É precisamente desta neve que chega o calor do futuro, da preservação da espécie humana – sem fronteiras, sem selecção, sem geopolitik. É um projecto aberto ao mundo, open source, onde cabemos todos, sem a artificialidade selectiva de um perecido Noé, ou pseudo-conspirações hollywoodescas 21/12/2012. É hoje, na Rússia, que nasce o Ark Hotel.
Imerso nesta tomada de consciência, o escritório de arquitectura Remistudio desenvolveu, dentro no âmbito do programa Architecture for Disaster Relief, o conceito de um hotel flutuante, com uma bela e extravagante estrutura em forma de arco e uma parte inferior semelhante ao casco de um navio, aguentando marés fortes e desastres “naturais” (vamos jogar ao jogo vamos-enumerar-recordações-de-catástrofe-naturais a ver se isto faz sentido).
A arquitectura deste hotel permite a sua construção na água ou em terra firme. Quando em terra firme, o Ark Hotel pode ser utilizado em zonas de grande incidência de terramotos, porque o seu esqueleto de cabos de aço e arcos de madeira comprimidos permite que a energia do terramoto seja distribuída por todo o corpo do edifício. O Ark Hotel ergue-se a cerca de 30 metros de altura.
Uma eco-construção de tal estatura foi pensada como um conjunto de etapas sequenciais. Uma unidade de transformação de energia térmica em energia eléctrica é o suporte central energético de onde toda a disposição recebe a energia necessária. Segue-se a montagem da coluna vertebral, feita de arcos de madeira e cabos de aço comprimido, e de seguida a cobertura, transparente como convém à maximização da penetração da luz natural - 3200 metros quadrados de área cobertos por uma película mais leve que o vidro, o etileno tetrafluoretileno. O Ark Hotel é uma bonita estrutura, em forma de concha.
O edifício é retro-alimentado com um sistema de reutilização de água da chuva e placas fotovoltaicas instaladas na cobertura. É claro, isto é um hotel – tem quartos, distribuídos em quatro andares. Quando se acorda de manhã e se sai de sonhos levemente ondulantes para o pequeno-almoço atravessa-se o jardim interno – uma biosfera tipo estufa –, povoado por uma flora luxuriante e animais, toda esta natura escolhida de acordo com as diversas características de compatibilidade, reprodutibilidade, fornecimento de fontes de alimentação, eficiência de produção de oxigénio, etc.. Os pássaros voam livremente dentro deste hotel e as tulipas não morrem lentamente em jarras de cristal.
Esta estrutura futurista destaca-se pela autonomia, ou, como diz Alexander Remizov, do Remistudio, ao Daily Mail, pelo “sistema de suporte de vida independente”, garantindo aos seus “hóspedes” sobreviver (viver) a bordo durante meses seguidos. Talvez tempo suficiente para os presentes tempos.
De preferência, que não tenhamos a necessidade de colocar o pé nesta apetecível e pacífica arca, mas, de qualquer forma, é bom saber que temos um poiso na praticamente inevitável curva exponencial de suicídio colectivo. A tomada de consciência ou foi ontem, ou não foi. E não nos enganemos mais. Não é catastrofismo, é o tapete encardido que estendemos para nós próprios. Cada um de nós, mea culpa.
Por fim – enquanto nada de definitivo resulta das nossas acções para pacificar a relação com o único habitat que temos, há que encontrar soluções urgentes e simbióticas. Esta mini-utopia é uma manifestação de que é possível coexistirem humanos e restante natureza no mesmo planeta. O exemplo é excelente – eco-friendly é possível. Felizmente, temos “hotéis-arca”: um sítio agradável para passar as mais longas férias da história da humanidade.
Todos a bordo!
Mais trabalhos no site do gabinete Remistudio, criador do projecto.
Nota: não confundir este projecto com um outro Ark Hotel, edifício anti-sísmico construído em Changsa, China
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2011/03/nem_tudo_o_que_flutua_e_um_ark_hotel.html#ixzz1Gw7uyPM1
Green Box – Casa Sustentável na Construmat Barcelona
Green Box – Casa Sustentável na Construmat Barcelona
Por Antonio Macêdo Filho
Arquiteto
Neste mês de abril será realizada mais uma Missão Técnica Construmat Barcelona. Na Construmat deste ano será apresentada a casa-conceito Green Box, projetada para alcançar o mais alto nível de sustentabilidade. Visitaremos a feira e a casa no dia 20 de abril. Depois trarei mais informações. Por enquanto trago aqui matéria a respeito deste interessante projeto.
GREEN BOX – A Casa-Jardim sustentável do Futuro
O arquiteto Luis de Garrido apresenta seu mais recente protótipo de casa sustentável, GREEN BOX, na cidade de Nova York (terça-feira, 21 de abril, no Museu GLASSHOUSE, em Chelsea Arts Tower, 545 West 25th Street). A casa será construída em Barcelona na Feira Internacional da Construção “Construmat 2009” (apresentada dia 23 de abril, na feira que se exibe do dia 20 ao 25 de abril, no Recinto Gran Via, Palacio 1, calle Botánica 62, Fira Catalunya, Barcelona).
GREEN BOX é a primeira Casa-Jardim modular, pré-fabricada, reutilizável, transportável, com ciclo de vida infinito, bioclimática, com consumo energético zero, e que não gera resíduos.
Devido às suas avançadas características GREEN BOX se construirá apenas em 15 dias (de 4 a 19 de abril), e o processo poderá ser visto em tempo real pela internet.
O edifício inclui no seu interior uma Exposição Multimídia de Projetos de Arquitetura Sustentável e de Habitação Social Sustentável, de Luis de Garrido (“Arquiteto do ano 2008” pela ISBA) “Naturezas Artificiais VI”.
…………………………………………………………………………………………………………………
A Associação Nacional de Arquitetura Sustentável (ANAS), junto com a Associação Nacional para a Casa do Futuro (ANAVIF) e o Diretório Nacional de Empresas para a Arquitetura Sustentável (DINAS) apresenta no próximo dia 20 de abril esta especial casa que, sem dúvida, será o centro de atenções da Feira “Construmat 2009”.
Desenhada pelo arquiteto Luis de Garrido (recentemente eleito como “Arquiteto do ano 2008” pela Internacional Steel Building Association ISBA, e o Americam Institute of Architects AIA), a casa poderia ser uma referência internacional de arquitetura sustentável, já que cumpre de forma exaustiva com todos os indicadores de arquitetura sustentável conhecidos. De fato, Luis de Garrido afirma que GREEN-BOX é o edifício que mais se aproxima ao seu modelo conceitual e arquitetônico de “Naturezas Artificiais”.
Além de seu caráter totalmente ecológico, a casa é muito econômica. Sua construção custa metade da construção de uma casa convencional, aproximadamente 550 euros/m2, pelo que poderá ser convertida num modelo construtivo para o novo sistema social e econômico.
A casa tem um consumo energético zero de energias convencionais, e se auto-regula termicamente devido ao seu desenho bioclimático, e ao seu ótimo aproveitamento de energia geotérmica e solar. Do mesmo modo, o desenho e construção da casa foi realizado com o objetivo de reduzir ao máximo seu consumo energético, tanto no processo de construção, como no processo de desmontagem.
Todos os componentes da casa foram desenhados de forma modular para serem montados “a seco”. Desse modo, tanto na construção quanto na desmontagem não gera nenhum resíduo, e todas as peças poderão ser novamente reutilizadas.
Assim, reparando ou substituindo cada uma das peças, a casa tem um ciclo de vida infinito. Ou seja, sua vida útil é infinita.
A estrutura da casa foi realizada com painéis pré-moldados em concreto armado, painéis estruturados de madeira e concreto e painéis metálicos. Todos eles com o objetivo de representar, num mesmo edifício, o três sistemas mais adequados de construção modular pré-fabricada (metal, madeira e concreto).
Não obstante, e apesar de todas as características descritas, sem dúvida, o elemento mais importante e singular do GREEN BOX é a cobertura ajardinada inclinada e o jardim vertical.
Ambos jardins foram compostos a base de espécies vegetais nativas do mediterrâneo, o que assegura que necessitem de mínima água (neste caso chuva), e que sua beleza seja permanente, todos os dias do ano. Conseqüentemente não necessitam de manutenção.
A cobertura ajardinada inclinada permite que a casa se integre à qualquer entorno, já que se estabelece como prolongação do solo circundante. Ao contrário, o jardim vertical erguesse com orgulho, reconhecido como ícone da casa. Este jardim vertical se encontra no pátio interior.
Devido à suas avançadas características GREEN BOX se construirá em apenas 15 dias, na cidade de Barcelona. Será desmontada em 7 dias, e será transportada a Toledo, onde permanecerá de forma definitiva.
Mais informações sobre a Missão Técnica Construmat Barcelona em:
www.camaradearquitetos.com.br/turismo/barcelona/index.php
Fonte: amacedofilho.blogspot.com
Por Antonio Macêdo Filho
Arquiteto
Neste mês de abril será realizada mais uma Missão Técnica Construmat Barcelona. Na Construmat deste ano será apresentada a casa-conceito Green Box, projetada para alcançar o mais alto nível de sustentabilidade. Visitaremos a feira e a casa no dia 20 de abril. Depois trarei mais informações. Por enquanto trago aqui matéria a respeito deste interessante projeto.
GREEN BOX – A Casa-Jardim sustentável do Futuro
O arquiteto Luis de Garrido apresenta seu mais recente protótipo de casa sustentável, GREEN BOX, na cidade de Nova York (terça-feira, 21 de abril, no Museu GLASSHOUSE, em Chelsea Arts Tower, 545 West 25th Street). A casa será construída em Barcelona na Feira Internacional da Construção “Construmat 2009” (apresentada dia 23 de abril, na feira que se exibe do dia 20 ao 25 de abril, no Recinto Gran Via, Palacio 1, calle Botánica 62, Fira Catalunya, Barcelona).
GREEN BOX é a primeira Casa-Jardim modular, pré-fabricada, reutilizável, transportável, com ciclo de vida infinito, bioclimática, com consumo energético zero, e que não gera resíduos.
Devido às suas avançadas características GREEN BOX se construirá apenas em 15 dias (de 4 a 19 de abril), e o processo poderá ser visto em tempo real pela internet.
O edifício inclui no seu interior uma Exposição Multimídia de Projetos de Arquitetura Sustentável e de Habitação Social Sustentável, de Luis de Garrido (“Arquiteto do ano 2008” pela ISBA) “Naturezas Artificiais VI”.
…………………………………………………………………………………………………………………
A Associação Nacional de Arquitetura Sustentável (ANAS), junto com a Associação Nacional para a Casa do Futuro (ANAVIF) e o Diretório Nacional de Empresas para a Arquitetura Sustentável (DINAS) apresenta no próximo dia 20 de abril esta especial casa que, sem dúvida, será o centro de atenções da Feira “Construmat 2009”.
Desenhada pelo arquiteto Luis de Garrido (recentemente eleito como “Arquiteto do ano 2008” pela Internacional Steel Building Association ISBA, e o Americam Institute of Architects AIA), a casa poderia ser uma referência internacional de arquitetura sustentável, já que cumpre de forma exaustiva com todos os indicadores de arquitetura sustentável conhecidos. De fato, Luis de Garrido afirma que GREEN-BOX é o edifício que mais se aproxima ao seu modelo conceitual e arquitetônico de “Naturezas Artificiais”.
Além de seu caráter totalmente ecológico, a casa é muito econômica. Sua construção custa metade da construção de uma casa convencional, aproximadamente 550 euros/m2, pelo que poderá ser convertida num modelo construtivo para o novo sistema social e econômico.
A casa tem um consumo energético zero de energias convencionais, e se auto-regula termicamente devido ao seu desenho bioclimático, e ao seu ótimo aproveitamento de energia geotérmica e solar. Do mesmo modo, o desenho e construção da casa foi realizado com o objetivo de reduzir ao máximo seu consumo energético, tanto no processo de construção, como no processo de desmontagem.
Todos os componentes da casa foram desenhados de forma modular para serem montados “a seco”. Desse modo, tanto na construção quanto na desmontagem não gera nenhum resíduo, e todas as peças poderão ser novamente reutilizadas.
Assim, reparando ou substituindo cada uma das peças, a casa tem um ciclo de vida infinito. Ou seja, sua vida útil é infinita.
A estrutura da casa foi realizada com painéis pré-moldados em concreto armado, painéis estruturados de madeira e concreto e painéis metálicos. Todos eles com o objetivo de representar, num mesmo edifício, o três sistemas mais adequados de construção modular pré-fabricada (metal, madeira e concreto).
Não obstante, e apesar de todas as características descritas, sem dúvida, o elemento mais importante e singular do GREEN BOX é a cobertura ajardinada inclinada e o jardim vertical.
Ambos jardins foram compostos a base de espécies vegetais nativas do mediterrâneo, o que assegura que necessitem de mínima água (neste caso chuva), e que sua beleza seja permanente, todos os dias do ano. Conseqüentemente não necessitam de manutenção.
A cobertura ajardinada inclinada permite que a casa se integre à qualquer entorno, já que se estabelece como prolongação do solo circundante. Ao contrário, o jardim vertical erguesse com orgulho, reconhecido como ícone da casa. Este jardim vertical se encontra no pátio interior.
Devido à suas avançadas características GREEN BOX se construirá em apenas 15 dias, na cidade de Barcelona. Será desmontada em 7 dias, e será transportada a Toledo, onde permanecerá de forma definitiva.
Mais informações sobre a Missão Técnica Construmat Barcelona em:
www.camaradearquitetos.com.br/turismo/barcelona/index.php
Fonte: amacedofilho.blogspot.com
Physalia, Um Novo Conceito de Embarcação Ecológica
Grande parte das pesquisas científicas visa hoje encontrar novas formas sustentáveis de gerar energia, aliadas ao compromisso dos temas atuais sobre as mudanças climáticas. Diante de todos os projetos já apresentados, o Physalia é de longe o projeto mais espetacular que surgiu nos últimos tempos. Venha conhecê-lo.
Criado pela Vicent Callebaut Architecture, o Physalia não é só uma mera embarcação ecologicamente correta. Primeiramente surge como um jardim flutuante auto-suficiente que, além de ser um meio de transporte com grau zero de emissão de carbono, visa tratar a água por onde passa para deixá-la própria para o consumo. Enquanto isso, por meio de biotecnologias, gerará mais energia do que consome, fazendo dele então o chamado Protótipo de Energia Positiva.
O projeto foi criado, mediante as duas maiores preocupações que a Europa possui em relação às mudanças climáticas: distribuição de água potável para população e a reavaliação do transporte pelas vias fluviais. Mas o Physalia supera e muito essas concepções. Longe de ser apenas uma solução, se torna também uma revelação diante de nós, pois não possui somente um compromisso com a utilização de energias renováveis, mas também possui o intuito de sensibilizar e educar as pessoas sobre um dos maiores bem comuns da humanidade: a água.
Sua arquitetura é conceitual e futurística, possuindo forte ênfase em traços orgânicos. Isso se deve ao fato de que seu nome, arquitetura e design terem sido baseados em uma espécie de animais aquáticos, chamado cientificamente por “Physalia Physalis”, comummente chamado no Brasil e em Portugal como água-viva, medusa ou alforreca. Physalia se torna um símbolo do que podemos fazer hoje com a tecnologia que conhecemos para a captação de energias renováveis.
Nada nesta embarcação foi projetado sem motivo. Todas as suas características correspondem a um forte apelo ecológico e social. Sua estrutura de aço é coberta por alumínio e dióxido de titânio, que através da reação com os raios ultravioletas, criará um efeito foto-catalisador, purificando a água da química e do carbono rejeitados pelas indústrias e embarcações convencionais, além de ser uma auto-limpeza para o navio. No seu teto existem duplas membranas de células solares fotovoltaicas para a absorção da energia solar e no seu casco hidro-turbinas servirão para transformar o fluxo fluvial em uma hidroelétrica fazendo com que o Physalia possa navegar tranquilamente.
Não obstante, o Physalia ainda contém, atravessando o seu casco, uma rede hidráulica que permite filtrar a água fluvial e purificá-la biologicamente através do seu telhado onde possui um jardim. Este jardim interior é dividido em quatro partes: Jardim da Água, que forma a entrada principal e a recepção; Jardim da Terra, onde ficará um laboratório de pesquisas internacionais que pesquisará o ecossistema aquático; Jardim do Fogo, que será uma cabine subaquática com vista panorâmica; Jardim do Ar, espaço reservado para o ar e luz, onde se encontrara também a vegetação visível.
Ao olharmos para este projeto temos a impressão de ser uma nova forma de vida aquática, que não precisa se alimentar, alimentando-nos, ao invés disso, com sua energia. Nesse processo, ainda purifica as águas por onde passa (numa primeira fase navegará entre os principais rios da Europa - Danúbio e Volga, Reno e Guadalquivir - e Tigre e Eufrates) e conscientiza seus passageiros em relação à delicada situação climática que vivemos. Ainda não existem previsões de concretização, o que é uma infelicidade para todos nós. Até lá, só nos resta aguardar que, quando construído, já não seja tarde de mais, ou que, pelo menos, futuras gerações possam desfrutar desse incrível projeto.
vincent callebaut architectures
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/02/physalia_um_novo_conceito_de_embarcacao_ecologica.html#ixzz1Gw1J3s5a
Criado pela Vicent Callebaut Architecture, o Physalia não é só uma mera embarcação ecologicamente correta. Primeiramente surge como um jardim flutuante auto-suficiente que, além de ser um meio de transporte com grau zero de emissão de carbono, visa tratar a água por onde passa para deixá-la própria para o consumo. Enquanto isso, por meio de biotecnologias, gerará mais energia do que consome, fazendo dele então o chamado Protótipo de Energia Positiva.
O projeto foi criado, mediante as duas maiores preocupações que a Europa possui em relação às mudanças climáticas: distribuição de água potável para população e a reavaliação do transporte pelas vias fluviais. Mas o Physalia supera e muito essas concepções. Longe de ser apenas uma solução, se torna também uma revelação diante de nós, pois não possui somente um compromisso com a utilização de energias renováveis, mas também possui o intuito de sensibilizar e educar as pessoas sobre um dos maiores bem comuns da humanidade: a água.
Sua arquitetura é conceitual e futurística, possuindo forte ênfase em traços orgânicos. Isso se deve ao fato de que seu nome, arquitetura e design terem sido baseados em uma espécie de animais aquáticos, chamado cientificamente por “Physalia Physalis”, comummente chamado no Brasil e em Portugal como água-viva, medusa ou alforreca. Physalia se torna um símbolo do que podemos fazer hoje com a tecnologia que conhecemos para a captação de energias renováveis.
Nada nesta embarcação foi projetado sem motivo. Todas as suas características correspondem a um forte apelo ecológico e social. Sua estrutura de aço é coberta por alumínio e dióxido de titânio, que através da reação com os raios ultravioletas, criará um efeito foto-catalisador, purificando a água da química e do carbono rejeitados pelas indústrias e embarcações convencionais, além de ser uma auto-limpeza para o navio. No seu teto existem duplas membranas de células solares fotovoltaicas para a absorção da energia solar e no seu casco hidro-turbinas servirão para transformar o fluxo fluvial em uma hidroelétrica fazendo com que o Physalia possa navegar tranquilamente.
Não obstante, o Physalia ainda contém, atravessando o seu casco, uma rede hidráulica que permite filtrar a água fluvial e purificá-la biologicamente através do seu telhado onde possui um jardim. Este jardim interior é dividido em quatro partes: Jardim da Água, que forma a entrada principal e a recepção; Jardim da Terra, onde ficará um laboratório de pesquisas internacionais que pesquisará o ecossistema aquático; Jardim do Fogo, que será uma cabine subaquática com vista panorâmica; Jardim do Ar, espaço reservado para o ar e luz, onde se encontrara também a vegetação visível.
Ao olharmos para este projeto temos a impressão de ser uma nova forma de vida aquática, que não precisa se alimentar, alimentando-nos, ao invés disso, com sua energia. Nesse processo, ainda purifica as águas por onde passa (numa primeira fase navegará entre os principais rios da Europa - Danúbio e Volga, Reno e Guadalquivir - e Tigre e Eufrates) e conscientiza seus passageiros em relação à delicada situação climática que vivemos. Ainda não existem previsões de concretização, o que é uma infelicidade para todos nós. Até lá, só nos resta aguardar que, quando construído, já não seja tarde de mais, ou que, pelo menos, futuras gerações possam desfrutar desse incrível projeto.
vincent callebaut architectures
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Arquitectura Moderna: Floresta Cultural em Seul
Lembra-se da paz que é poder usufruir de uma boa leitura sentado num banco de jardim onde não pode escutar os ruídos da cidade? A "Culture Forest" é o próximo projecto da cidade de Seul que pretende devolver a harmonia da natureza às actividades lúdico-culturais. Toda a arquitectura do edifício foi pensada com esse objectivo.
A floresta abre-nos o caminho para a natureza, unindo o ar, as árvores, a água, o vento e o solo. Lá, a natureza está ligada em harmonia: todos os elementos são parte de um todo. Foi com esta ideia de equilíbrio interior que o novo centro cultural e artístico de Seul, Coreia do Sul, foi idealizado. Planeado pelos arquitectos da Unsangdong (YoonGyoo Jang, ChangHoon Shin, SungMin Kim), o "Culture Forest" será um marco, quer pela inovação, quer pela intensa relação com a natureza.
O projecto, que ganhou o primeiro prémio num concurso para a construção de um centro cultural e artístico no centro de SeongDong-gu, uma região da capital coreana, tem sete andares, para além dos três do subsolo. Os mil metros quadradros de espaço albergarão um parque urbano dentro de um edifício para que os sul-coreanos possam gozar de eventos culturais no melhor ambiente possível.
Abastecido de luz solar, o centro será preenchido por árvores, arbustos, bancos de jardim e lugares para relaxar enquanto se goza a panorâmica sobre a cidade. Também o teto do edifício terá uma atenção especial: um pátio ao ar livre rodeado de árvores e coberto por painéis solares para o abastecimento de energia.
Dentro de portas, o maior ponto de interesse é o Flying Theater, um auditório cor de vinho com formas geométricas que melhoram a acústica do espaço. As escadarias que rodeiam o edifício ligam todos os pisos numa longa estrada cultural observável também do exterior, e que dá uma ideia de conectividade e harmonia. Além de espaço para concertos, o centro vai oferecer uma biblioteca, salas de debate, uma área para crianças e uma programação que promove estilos de vida ecológicos e saudáveis.
O "Culture Forest" pretende reunir actividades artísticas, lúdicas e culturas num espaço propício à comunicação, aprendizagem e descontração. A inauguração do edifício está prevista para o próximo ano.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/12/arquitetura_moderna_-_floresta_cultural.html#ixzz1GvsLye1q
A floresta abre-nos o caminho para a natureza, unindo o ar, as árvores, a água, o vento e o solo. Lá, a natureza está ligada em harmonia: todos os elementos são parte de um todo. Foi com esta ideia de equilíbrio interior que o novo centro cultural e artístico de Seul, Coreia do Sul, foi idealizado. Planeado pelos arquitectos da Unsangdong (YoonGyoo Jang, ChangHoon Shin, SungMin Kim), o "Culture Forest" será um marco, quer pela inovação, quer pela intensa relação com a natureza.
O projecto, que ganhou o primeiro prémio num concurso para a construção de um centro cultural e artístico no centro de SeongDong-gu, uma região da capital coreana, tem sete andares, para além dos três do subsolo. Os mil metros quadradros de espaço albergarão um parque urbano dentro de um edifício para que os sul-coreanos possam gozar de eventos culturais no melhor ambiente possível.
Abastecido de luz solar, o centro será preenchido por árvores, arbustos, bancos de jardim e lugares para relaxar enquanto se goza a panorâmica sobre a cidade. Também o teto do edifício terá uma atenção especial: um pátio ao ar livre rodeado de árvores e coberto por painéis solares para o abastecimento de energia.
Dentro de portas, o maior ponto de interesse é o Flying Theater, um auditório cor de vinho com formas geométricas que melhoram a acústica do espaço. As escadarias que rodeiam o edifício ligam todos os pisos numa longa estrada cultural observável também do exterior, e que dá uma ideia de conectividade e harmonia. Além de espaço para concertos, o centro vai oferecer uma biblioteca, salas de debate, uma área para crianças e uma programação que promove estilos de vida ecológicos e saudáveis.
O "Culture Forest" pretende reunir actividades artísticas, lúdicas e culturas num espaço propício à comunicação, aprendizagem e descontração. A inauguração do edifício está prevista para o próximo ano.
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